No dia 11/11 pudemos apreciar a palestra do multiartista Gil Amancio sobre a Arte Negra. Na verdade, foi um momento de trocas de experiências e uma oportunidade para discutir um assunto muitas vezes deixado de lado pela sociedade.


Designed by EZwpthemes
Converted into Blogger Templates by Theme Craft
No dia 11/11 pudemos apreciar a palestra do multiartista Gil Amancio sobre a Arte Negra. Na verdade, foi um momento de trocas de experiências e uma oportunidade para discutir um assunto muitas vezes deixado de lado pela sociedade.
Em outubro de 2006, quando a DOVE lançou a “Campanha da Real Beleza”, na qual foi elaborado um vídeo (evolution) que exibe a transformação de uma modelo com a exploração dos procedimentos realizados em Photoshop, Bressane resolveu lançar um vídeo (retouching) que “defendesse” o uso do Photoshop, demonstrando como poderia ser utilizado sem descaracterizar as pessoas. Este vídeo se tornou um “viral” e teve mais de 1.700.000 acessos no you tube. Este foi o marco zero para o reconhecimento mundial do seu talento profissional. O viral gerou a ele 2.600 cotações, 100% delas do exterior.
Rodrigo Bressane acredita que o primordial em sua característica como artista é a pós-produção das fotos, logicamente com a utilização do Photoshop. O artista ressalta uma maneira nova de enfatizar seus trabalhos, a chamada Revolução Row, que é todo processo fotográfico, desde os cliques até os retoques finais.
Dentre os projetos de Rodrigo Bressane se destacam: Vide Bula, Tatuagens, Jota Quest, Sardentos, Projetos Normandia, O olhar sempre vence. Entre eles estão projetos profissionais e pessoais, estes últimos com intuito de satisfazer seus desejos pessoais.
Veja mais sobre Rodrigo Bressane:
Site: www.bressane.com
Twitter: twitter.com/bressane
Facebook: facebook.com/rbressane
Blog: bressane.com/blog
Não idolatro a mauricinho da Tv, não deixa se envolver / Porque tem proceder / Pra que? Porque? / Só tem paquita loira, aqui não tem preta como apresentadora / Novela de escravo a emissora gosta mostra os pretos / Chibatadas pelas costas / Faz confusão na cabeça de um moleque que não gosta de escola.Música - Só Deus pode me julgar, 2002 - Álbum Declaração de Guerra
O rap brasileiro se desenvolveu amplamente nos últimos anos, muito em função da grande expansão da internet, e as formas alternativas de divulgação em massa. A partir desta evolução, os "meios de comunicação em massa", definidos por Thompson (1998), como as grandes redes de TV e rádio, se viram na necessidade de absorverem o conteúdo periférico do rap, graças ao avassalador apoio popular.
Partindo deste pressusposto, faz-se necessário avaliar como as grandes redes absorveram este conteúdo tipicamente periférico. Vejamos como exemplo a presença de MV Bill nos quadros de atores da Malhação e a presença de um dos precurssores do rap Thaíde, tanto em series da Globo e atualmente no Programa: A Liga, da Band.
Isto não ocorreria se o rap não tivesse ganhado o status que tem hoje, em virtude da alteração da concepção dos "meios de comunicação em massa". Apesar disto, há alguns grupos que preferem o "modelo underground" de propagação de conteúdo como é o caso de GOG - O Poeta de Brasília, 5º Andar, entre outros. Ou seja, os mesmos preferem continuar no submundo da música e negar constatemente, grandes mídias, gravadoras poderosas e flashs de revistas famosas.
Referências Bibliográficas:
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: Uma teoria Social da mídia. Editora Vozes: Petrópolis, 1998, p.261.
não se trata apenas de perceber que as pessoas se engajam nestas atividades e processos "conversando", se "comunicando". Trata-se-ia, antes de perceber o quê - nestes processos especificados por seus modos e objetivos sociais - é entretanto inerente não a estas especificações, mas resultante de (ou referente a) processos mais amplos de trocas simbólicas e de interações que sobredeterminam o que aí se faz. (BRAGA, 2001, p.11-39)
A publicidade tem o propósito básico de disseminar informações para orientar o comportamento da compra e as preferências do consumidor para um determinado produto, serviço ou determinada marca. No entanto, na web, a publicidade diferencia-se fundamentalmente dos outros meios por permitir que o consumidor possa interagir diretamente com o anúncio. Ele pode, então, clicar no anúncio para obter mais informações ou mesmo realizar a compra do produto. (PINHO, 2000, p. 114)
O Projeto monográfico em questão, pretende debater como o rap, modificou de "Produto Marginal" para "Produto Cultural". Tendo em vista as alterações ocorridas no últimos anos nos meios de comunicação de massa, como o advento da internet e a propagação de produto tipicamente periférico pelas rádios comunitárias.
Cabe ressaltar, em ordem cronológica, que o rap desenvolveu no Brasil, no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, como produto produzido pela população desfavorecida economicamente foi negado pelos meios de comunicação de massa da época.
O rap no Brasil segundo Martins(2008), tem se esforçado na tentativa de denunciar e buscar soluções para fatores que tendem a paralisar a pretensão de progresso neste país tais como a pobreza, a violência urbana e policial, a discriminação racial, as altas taxas de desemprego, de desigualdade na distribuição da renda e no uso de drogas, a falência da rede educacional, chacinas, dentre outros.
Assim o rap desenvolveu sem apoio midiático das grandes gravadoras e dos meios de comunicação, mesmo assim o "Produto Marginalizado" desenvolveu e alterou o status, bem como a visão maniqueísta de que a classe pobre não produz arte de qualidade e acima de tudo de protesto.
O crescimento abrupto do rap sem o apoio citado, chamou atenção dos mais céticos critícos e transformou o pensamento dos mesmos. Haja visto, a grande aliada que os músicos encontraram na internet, com a facilidade de propagar seu conteúdo ao seu público e posteriormente atingindo a atenção da classe média.
Esta abrangência tornou o "Produto Marginalizado" em um "Produto Cultural" absorvido pelos meios de comunicação financiados pelas grandes patrocinadoras, e consequentemente mudou todos os conceitos relativos a temas como: Favela, Negro, Pobre, etc.
"O Rap pode ser pensado como uma nova maneira através das quais os negros brasileiros, sobretudo os residentes nas áreas pobres dos centros urbanos do país, possam propôr uma estética radicalmente nova e apropriada ao seu propósito: afirmar uma identidade e uma história própria." (SALLES, 2007, p.74)
Referências Bibliográficos:
SALLES, Elcio. Poesia Revoltada. Rio de Janeiro: Editora Aeroplano, 2007 p.219
MARTINS, Rosana. Rap Nacional e as Práticas Discursivas Identitárias, 2008. Disponível em